Uma das vertentes mais presentes no cinema latino-americano contemporâneo é sustentada pela subjetividade de quem dirige ou de alguma personagem como catalisadora de uma investigação pessoal, familiar e histórica, elegendo as relações familiares como matéria prima de suspeitas e de segredos a serem desmascarados pelo cinema, que assim se elabora com a missão de corrigir omissões ou mentiras e revelar o subterrâneo das experiências sociais e particulares. Bastardo, la Herência de um Genocida, documentário do chileno Pepe Romano, é um desses casos. O filme acompanha o processo de investigação e aproximação do cineasta sobre e em relação a seu pai, com quem não tinha contato, a partir do conhecimento de sua participação como militar de execuções de jovens resistentes a ditadura de Pinochet. A premissa é muito superior ao que se consegue fazer a partir dela, mas é forte o suficiente para nos mantermos instalados nas situações (não sem dificuldades).
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